CORSET
História
Historicamente,
o espartilho ou corset surgiu na moda no século XVI e era usado como um apoio
que permitia uma modelação exata do corpo. Constitui um colete com laços que
tem como objetivo reduzir o volume na zona da cintura e dar delicadeza e
distinção ao corpo. Geralmente, a intenção era atingir a elegância de uma forma
fina e com uma silhueta da moda. O espartilho normalmente tem corselete, que é
um arnês para a parte do corpo acima da cintura. Tinha de ser bem inflexível e
sólido, características principais do corset para reduzir a cintura, e manter o
busto elevado e apertado.
O
corset não mudou tanto entre a renascença e o rococó; a cintura veio um pouco
mais abaixo, com incisões de alguns centímetros permitindo que acompanhasse a
curva do quadril e dando maior conforto; as alças foram ficando mais comuns e o
busto mais baixo, delineando formas mais arredondadas.
Apesar
da imediata associação com as minúsculas cinturas vitorianas, o corset data de
muito antes. Desde que apareceu na história da moda, no século XVI, esta
vestimenta tem sido usada como suporte e controle para as formas naturais do
corpo.
Meu desenho de Lingerie no modelo corset (espartilho)
Entre
a Antiguidade e a Idade Média, o suporte ao busto e à cintura era geralmente
feito com faixas de tecido, quando era feito. Nos séculos XIII e XIV,
amarrações e materiais mais rígidos incorporados às próprias vestes ajudavam a
moldar o corpo numa forma esguia. Essa ideia evoluiria para o kirtle, um tipo
de colete engomado e/ou reforçado com cordas (como barbatanas), amarrado na
frente. Eventualmente, o kirtle se mudaria para dentro das roupas. Mais tarde,
a ideia de “vestido” seria enfim separada em corpete e saia, permitindo que o
corpete fosse justo e retilíneo, enquanto a saia poderia ser absurdamente
volumosa com a ajuda de anáguas engomadas e crinolinas.
Para
manter a forma esguia e cônica sob o corpete é que seria introduzido o que se
chamaria, dependendo da época ou região, payre of bodies, corps, ou vasquina,
entre outros nomes; um corpete reforçado e rígido usado como roupa de baixo,
que hoje chamamos de espartilho ou corset. A rigidez era o principal atributo
do corset. A redução da cintura era mínima, mas o busto era erguido e
pressionado, e as costas mantidas numa postura reta e distinta. Tal rigidez era
alcançada com tecido pesadamente engomado, couro, juncos ou cordas engomadas
inseridas em canais costurados entre as camadas de tecido. Para manter as
formas ainda mais retas, o busk, uma estreita placa de madeira ou marfim, era
introduzido na frente, e poderia ser removido.
Hoje, o espartilho é usado de muitas maneiras: Em vestidos ou como tops em combinaçoes diversas, como com o jeans, por exemplo. Mas prevalece na lingerie, pois confere sensualidade e beleza ao corpo feminino, sendo, portanto, constante na moda íntima.
Ao
contrário do que muita gente pensa sobre os primeiros espartilhos não eram
desconfortáveis e a partir do século XVIII, as formas singelas da mulher
voltaram a ser valorizadas. Nos anos 1920 os espartilhos ficaram ainda mais
raros devido à cintura reta que se valorizava na época. Nos anos 1950, o new
Look de Dior voltou a valorizar a cintura estreita, contudo usava apenas uma
cinta de tecido elástico suavemente reforçada. No final dos anos 1970 e os anos
1980, estilistas como Vivienne Westwood e Jean-paul Gaultier excluíram o
espartilho e ele acabou se limitando à fantasia e ao fetiche durante o século
XX.
CORSET: LINHA DO TEMPO
A
imagem abaixo mostra as transformações que o corset passou ao longo de décadas
Olha só essa cintura!
Bem feminino.
Percebe-se a presença do corset nas lingeries das grandes passarelas. Nesse desenho, criei um modelo de espartilho bem "animado". Vou pintar usando a tendência collor block, por isso a lingerie está bem enfeitada e cheia de detalhes. Abaixo tem algumas imagens que me inspiraram:
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais da história do espartilho. O texto e as imagens, assim como os desenhos, são partes do meu trabalho (que nunca entreguei, por sinal...rsrsrs) de História da Indumentária, no curso de estilo (SENAI). Virgínia (minha professora), viu? Eu fiz o trabalho...está aqui...publicado e provado...kkkkkkk
adorei isso é uma coisa que toda mulher no seculo atual deveria usar mostra sua feminidade e mostra o corpo que tem sem ter vergonha .. adorei a historia, nada pode ser perdido como uma coisa tao linda ..
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